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Glosas de Faturamento no SUS

As glosas de faturamento no SUS ocorrem quando há inconsistências, erros ou falta de informações nos dados enviados para processamento. Conhecer os principais motivos dessas glosas é essencial para evitá-las e garantir o correto faturamento dos serviços prestados.

Abaixo estão listados os principais tipos de glosas que podem ocorrer e como evitá-las.


1. Glosas Relacionadas ao CNS (Cartão Nacional de Saúde)

Essas glosas ocorrem devido a erros ou inconsistências nas informações cadastrais do paciente.

  • CNS inválido ou inexistente:
    O número do CNS informado não é reconhecido no banco de dados do SUS.

  • CNS não cadastrado no município:
    O paciente não possui vínculo cadastral com a localidade onde foi realizado o atendimento.

  • Divergência de dados do paciente:
    Nome, data de nascimento ou CPF informados não coincidem com os dados cadastrados no CNS.

  • CNS duplicado ou inativo:
    O número informado pode estar associado a mais de uma pessoa ou estar desativado.

  • CNS pertencente a profissional de saúde:
    O número inserido pertence a um profissional e não a um paciente.


2. Glosas Relacionadas ao CNES (Código Nacional de Estabelecimento de Saúde)

Essas glosas são decorrentes de problemas relacionados ao cadastro da unidade prestadora do serviço.

  • CNES inválido ou inativo:
    A unidade informada não está cadastrada ou encontra-se desativada no sistema do SUS.

  • CNES sem habilitação para o procedimento:
    A unidade não possui credenciamento específico para realizar o procedimento faturado.

  • CNES informado diferente do registrado no atendimento:
    O código CNES enviado não corresponde à unidade onde o atendimento ocorreu.

  • CNES pertencente a outra esfera de gestão sem convênio:
    A unidade pertence a outro município ou estado e não possui contrato vigente para prestação do serviço faturado.


3. Glosas Relacionadas à Documentação e ao Faturamento

Essas glosas ocorrem devido à documentação inadequada ou incorreta dos procedimentos realizados.

  • Erros de codificação:
    Procedimentos ou diagnósticos codificados incorretamente, gerando incompatibilidade com as tabelas oficiais do SUS.

  • Documentação incompleta ou incorreta:
    Ausência ou insuficiência das informações essenciais nos prontuários médicos e demais documentos comprobatórios.

  • Procedimentos não autorizados previamente:
    Serviços realizados sem autorização prévia exigida pelo SUS, especialmente em procedimentos eletivos ou especializados.

  • Procedimentos considerados desnecessários:
    Tratamentos ou exames realizados sem justificativa clínica adequada comprovada na documentação médica.

  • Falta de comprovação da realização do atendimento:
    Ausência de registro documental que comprove que o paciente compareceu e recebeu o atendimento faturado.


4. Glosas Relacionadas à Comunicação e Conformidade Regulatória

Essas glosas surgem devido a falhas administrativas e regulatórias na comunicação entre unidades e gestores do SUS.

  • Falhas na comunicação entre unidade e operadora (gestor local):
    Informações transmitidas incorretamente, incompletas ou fora dos prazos estabelecidos pelo SUS.

  • Desatualização cadastral da unidade prestadora:
    Dados cadastrais desatualizados nos sistemas oficiais do Ministério da Saúde, gerando inconsistências no faturamento.

  • Não conformidade com regulamentações vigentes:
    Procedimentos realizados em desacordo com normas técnicas, protocolos clínicos oficiais e diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde e órgãos reguladores estaduais e municipais.


Como evitar essas glosas?

Para evitar as principais causas das glosas mencionadas acima, recomenda-se adotar as seguintes boas práticas:

✅ Verificar sempre o CNS do paciente antes da realização dos procedimentos. ✅ Manter atualizado o cadastro CNES da unidade, revisando periodicamente suas habilitações e credenciamentos. ✅ Realizar treinamentos regulares da equipe administrativa sobre preenchimento correto dos sistemas oficiais (SIA/SUS, SIH/SUS). ✅ Implementar ferramentas tecnológicas que automatizem processos e reduzam erros humanos. ✅ Realizar auditorias internas periódicas para identificar falhas antes da transmissão das informações ao gestor. ✅ Garantir que todos os procedimentos estejam documentados adequadamente nos prontuários médicos conforme exigências legais e normativas vigentes. ✅ Monitorar continuamente atualizações nas regulamentações federais, estaduais e municipais relacionadas ao faturamento SUS.

Seguindo essas orientações, é possível reduzir significativamente as ocorrências de glosas e garantir maior eficiência no faturamento dos serviços prestados pela Fhemig.